A exportação de café brasileiro apresentou um comportamento misto no mês de março de 2025, segundo dados divulgados por entidades do setor cafeeiro. Apesar da redução no volume embarcado para o exterior, a receita obtida com as exportações teve um aumento significativo, impulsionada principalmente pela valorização do preço internacional do grão e pela demanda por cafés de maior valor agregado.
Queda no volume exportado
Em março, o Brasil exportou aproximadamente 3 milhões de sacas de 60 kg de café, o que representa uma queda de 8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse recuo está relacionado a diversos fatores, como a redução na oferta interna, dificuldades logísticas e o impacto do clima nas lavouras de algumas regiões produtoras.
Receita em alta
Apesar da retração no volume, a receita cambial das exportações aumentou cerca de 12%, atingindo US$ 780 milhões. O aumento se deve à valorização do café brasileiro no mercado internacional, especialmente de variedades especiais e do tipo arábica, que mantiveram alta procura em mercados como Estados Unidos, Alemanha e Japão.
Segundo analistas do setor, a valorização da moeda norte-americana frente ao real também contribuiu para o aumento da receita em dólar, tornando o produto brasileiro mais competitivo no exterior.
Tendência para os próximos meses
Especialistas projetam que os próximos meses seguirão com um cenário semelhante: exportações mais seletivas, priorizando cafés de melhor qualidade e maior valor agregado. A expectativa é que o segundo semestre traga uma leve recuperação no volume, à medida que a nova safra começar a ser colhida e os estoques forem recompostos.
O papel dos cafés especiais
Um dos destaques continua sendo o crescimento da participação dos cafés especiais, que vêm ganhando espaço nos principais mercados consumidores. Além de agregarem maior valor à cadeia produtiva, esses cafés posicionam o Brasil como referência mundial não apenas em volume, mas também em qualidade.
Conclusão
Embora o volume de exportações de café tenha diminuído em março de 2025, a receita obtida revela a força e a resiliência do setor. Com foco na qualidade e na diversificação dos mercados, o Brasil segue como protagonista no comércio mundial de café — agora, mais valorizado do que nunca.
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