O marketing internacional é o meio para conquistar clientes e alcançar novos mercados no mundo inteiro.
Para Kotlher, marketing é traduzido em estratégias e processos através do quais “indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. No mercado exterior, esses procedimentos são realizados tomando como base as particularidades de cada lugar. Marketing internacional vai além de aplicar estratégias internacionais em outros países.
Também chamado de marketing global, consiste em adaptar o planejamento, produção, divulgação e promoção para os mercados externos, com o objetivo de expandir os negócios mundialmente. Para isso, é preciso compreender as necessidades do novo público-alvo, adequar sua oferta e encontrar o caminho certo para atrair clientes e se posicionar no exterior.
Nesse processo, algumas características são fundamentais, confira:
Planejar a entrada no mercado global (saiba onde quer chegar)
Analise a concorrência local (benchmarking)
Adeque a linguagem para cada país
Entenda os diferentes hábitos
Alinhe às estratégias usada em outros países (unifique a identidade global)
Estude as regras internacionais de atuação (patentes, licenças, tratados)
Encontre parceiros e alianças internacionais
Utilize o poder do marketing digital
Para expandir o negócio ou ampliar a competitividade, o marketing internacional exige um plano consistente que estuda o mercado além das fronteiras e prepara a empresa para prosperar em qualquer país.
Internacionalizar uma empresa significa expandir sua atuação para outros países. Essa atuação pode se dar desde a exportação do produto até a abertura de uma unidade industrial no exterior.
Levar um empreendimento para o âmbito internacional é benéfico para seu crescimento. Entre as vantagens está a oportunidade de reduzir a dependência do mercado interno, diversificar os produtos, atingir novos públicos, aumentar a produtividade e, consequentemente, gerar mais lucros.
Porém, internacionalizar também é um desafio e exige a utilização de estratégias corretas já será necessário adaptar-se a uma nova cultura, submeter-se às leis e conquistar um novo público.
Todas as decisões desse processo devem ser tomadas com base em muitas pesquisas e análises de mercado porque até mesmo a cor da embalagem de um produto gera impacto nas vendas.
Uma das principais escolhas é a forma de internacionalização a ser utilizada, que determinará quais serão os exercícios praticado no novo mercado. Entre as empresas brasileiras, as formas mais comuns são:
Segundo Lucas Brown, cônsul do Reino Unido em Minas Gerais, com a posse do rei Charles III, herdeiro da rainha Elizabeth II, o Reino Unido manterá as boas relações de negócios com o Brasil, e as ações ambientais de preservação do meio ambiente também deverão ser fortalecidas uma vez que o novo monarca é dedicado a causa.
O consultor e especialista em comércio exterior Welber Barral, nomeado árbitro do novo sistema de solução de controvérsias do Reino Unido, o pós-Bréxit, também ressaltou as tendências de manutenção dos bons laços de negociação entre a Inglaterra e o Brasil.
Conforme Lucas Brown, “A família real (inglesa) sempre um carinho muito especial para o Brasil. Tenho certeza que isso vai continuar”. Ele também relembrou a manifestação carinhosa da realeza com o Brasil expressada na mensagem que a rainha Elizabeth enviada ao governo brasileiro devido a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil (7 de setembro), uma das últimas mensagens publicadas pela rainha.
O cônsul também memora as várias que o Rei Charles III já realizou algumas visitas ao nosso país, a última em 2009 e que é o “campeão do meio ambiente”, uma vez que dedicou a maior parte de sua carreira à essa questão.
As relações comerciais e a questão climáticas são componentes da estratégia de relações do Reino Unido com o Brasil e com o restante do mundo. Brown ainda ressalta a prioridade inglesa em relação à “transição energética, rumo a uma economia de baixa emissão de carbono para a atmosfera, o que é a maior oportunidade (de negócios na área de geração de energia limpa) desse século”.
Para Barral, “a relação do Reino Unido com o Brasil é bastante tradicional desde a época da (nossa) Independência” e isso deverá manter as boas relações comerciais entre os dois países. “Fundamentalmente, sempre houve uma tentativa de maior aproximação entre os dois países. Há muito investimento britânico no Brasil. Por outro lado, muitos bancos brasileiros têm representação em Londres. Então, não houve grandes mudanças recentes”.
Ele também diz que “A maior mudança que houve foi com o Bréxit (saída do Reino Unido da União Europeia). Com isso, há a maior possibilidade de uma negociação futura entre o Mercosul e o Reino Unido. Mas, isso também não é algo a curto prazo”. Também confirma a existência de uma “grande pauta de exportações” do Brasil para o Reino Unido, principalmente em relação ao agronegócio.
Um estudo, intitulado “Alimentos e Bebidas da Amazônia Legal – Oportunidades e Apelos Globais”, realizado pela área de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, em parceria com 15 empresas da Amazônia Legal, apontou que alimentos e bebidas originários dos nove estados do Norte do Brasil que compõe a Amazônia Legal têm força para cativar os Estados Unidos, China, Japão e países europeus, como Alemanha.
O trabalho também realizou análises do segmento alimentício a partir de produtos específicos, divididos em: feijão, gergelim e pimenta-do-reino; café e cacau; açaí, guaraná e abacaxi; castanhas-do-pará; farinhas e preparos de mandioca; e peixes. Os produtos têm como apelo, em especial, a saúde e a qualidade.
Todas essas produções têm em comum a compatibilidade com as características do bioma e, assim, a sustentabilidade do plantio, o que contribui para ressaltar a importância desse bioma e conscientizar sobre sua preservação.
O empenho da área de Inteligência de Mercado da Agência está voltado para a sustentabilidade e para um novo perfil de investidor e consumidor que ganha o mercado internacional.
O analista de Acesso a Mercado da ApexBrasil Zimmer Gomes afirma que as principais demandas globais no setor de alimentos e bebidas dizem respeito à produção orgânica, sem glúten, natural, vegetariano e sem conservantes.
Segundo ele, “Muitos desses apelos, são características que já fazem parte das categorias de produtos que analisamos, por serem sustentáveis e naturais. Uma questão importante é como as empresas brasileiras podem comunicar os apelos presentes em seus produtos aos mercados estrangeiros. No estudo, apontamos, por exemplo, que as certificações voluntárias podem funcionar reforçando a autodeclaração das empresas sobre os apelos de seus produtos. As certificações voluntárias mais utilizadas são aquelas voltadas para sustentabilidade (ambiental e social), para saudabilidade, como certificações de orgânicos, e para garantir a segurança de alimentos”.
Apesar de ser composta por uma população de 28,1 milhões de pessoas e ter a maior biodiversidade do mundo, a Amazônia Legal é a região que possui a menor expressividade nas exportações brasileiras, suas vendas externas são relativamente exclusivas à América Latina, principalmente Venezuela, Colômbia e Bolívia, o que não coincide com os principais mercados de produtos como castanhas, pimenta, café, guaraná, abacaxi, farinhas e peixes do Brasil. A demanda desses alimentos está concentrada na América do Norte, Ásia e Europa.
Com o objetivo de ampliar a participação no mercado global, o estudo indica possibilidades à indústria amazônica, como a forma de agregar valor aos produtos e de participar de categorias de apelos do mercado global.
Todos os produtos analisados no estudo fazem parte de cadeias produtivas tradicionais da região, de forma que há um alto grau de especialização em seu cultivo. Em 2020, 64% das exportações nacionais dessas categorias de alimentos foram originadas nos nove estados da Amazônia Legal, muito acima da média de exportação da região, que é de 22%.
Na abertura da quarta edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC) em Foz do Iguaçu (PR), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes destacou que abrir novos mercados para o pescado brasileiro é uma das metas.
Segundo Montes, “a meta do governo é abrir mercados para que vocês possam estar lá fora entregando nosso produto com qualidade, sustentabilidade e gerando empregos. Temos responsabilidade em produzir alimentos em quantidade e qualidade para combater esse fantasma que vem nos assombrando que é a insegurança alimentar”.
Durante o primeiro semestre de 2022, as exportações da piscicultura brasileira dobraram em valor e cresceram 14%, somando um total de US$ 14 milhões e quase 5 mil toneladas, de acordo com o informativo sobre Comércio Exterior da Piscicultura, produzido pela Embrapa.
De acordo com o secretário de Aquicultura e Pesca do Mapa, Jairo Gund, o Mapa tem trabalhado junto aos adidos agrícolas para levantar as potencialidades do pescado brasileiro no mercado mundial, além dos esforços para reabrir o mercado europeu. “Há muito potencial que os empresários brasileiros ainda não tinham identificado. Com essas informações, vamos montar um plano de ação junto com o setor privado para abrir esses mercados específicos que possam ser de grande valor agregado e interesse para o setor”.
Em 2020, a produção brasileira foi de aproximadamente 630 mil toneladas de peixes através da aquicultura, indicando um aumento de 5% em relação ao ano anterior, conforme dados do IBGE e FAO. O Brasil é o 13º no ranking mundial de produção aquícola.
Dados do IFC mostram a grande importância da aquicultura brasileira no mercado nacional e global. Com um crescimento anual de 10%, são 1 milhão de famílias de pescadores e 300 mil famílias de aquicultores, atividade que promove 16 mil trabalhos diretos e indiretos nas indústrias de processamento.
Os estudos Perfil País oferecem visão panorâmica e análises sucintas sobre os principais mercados mundiais, permitindo às empresas brasileiras rápido acesso aos aspectos mais relevantes para comércio e investimentos. Neles estão disponíveis informações como oportunidades para negócios brasileiros no país, macroeconomia, balança comercial, principais concorrentes e fornecedores, governança, investimentos e acordos em comércio internacional, entre outras.
Quatro novas edições do Perfil País acabaram de ser lançadas, dessa vez com foco na Espanha, França, Malásia e Tailândia. Nelas, encontra-se um panorama econômico de cada país selecionado, junto a análises de oportunidades e os desafios.
As exportações para a Espanha contabilizaram US$ 5,4 bilhões em 2021 dando continuidade a um superávit na balança comercial brasileira ao longo dos últimos cinco anos. A soja e o petróleo foram responsáveis por cerca de metade das vendas brasileiras para o mercado espanhol e segundo o Mapa de Oportunidades, 404 produtos brasileiros têm potencial competitivo nesse mercado.
Já a França, segunda maior economia da União Europeia e sétima do mundo, somou uma corrente de comércio com o Brasil de US$ 7,3 bilhões em 2021, sendo farelo de soja e minério de ferro os principais produtos brasileiros exportados. A entrada em vigor do Acordo Mercosul-União Europeia deve gerar benefícios para as exportações brasileiras, que registram 370 oportunidades para o comércio com o país, de acordo com o Mapa de Oportunidades.
Desde 2017, a Tailândia e a Malásia registram um balanço comercial superavitário para o Brasil e em 2021, a corrente de comércio do Brasil com a Tailândia foi de US$ 4,8 bilhões e de US$ 6,3 bilhões com a Malásia. Atualmente, o Mapa de Oportunidades identificou 325 oportunidades comerciais na Tailândia e 270 na Malásia.
Nesta quarta-feira (17), o Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) formalizou a redução em 10% das alíquotas da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, trata-se de uma tarifa de importação utilizada pelos países do Mercosul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O objetivo de tarifa única é evitar disputas tarifárias dentro do grupo.
Essa redução foi aprovada pelo bloco em julho. O presidente Jair Bolsonaro não compareceu à cúpula dos líderes do bloco durante a ocasião, porém enviou um vídeo em defesa da redução da tarifa.
A redução foi incorporada na norma brasileira pela Camex. A resolução entra em vigor no dia 1º de setembro, formalizado pelo Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
A resolução “busca estabelecer uma estrutura tarifária mais eficiente para ampliar a inserção dos países do Mercosul no comércio internacional, além de aumentar a competitividade e a integração das economias do bloco” de acordo com o Ministério da Economia. E ainda segundo a pasta, a redução afeta a “maior parte do universo tarifário, resguardadas as exceções já existentes no bloco”.
Devido a dois outros cortes no imposto de importação anunciados pelo governo, o Brasil já estava trabalhando com uma Tarifa Externa Comum reduzida. Um corte permanente de 10% foi aprovado em novembro de 2021 e em maio deste ano, outro de 10%, com duração até o final de 2023.
A redução do imposto de importação de sete produtos, incluindo, airbags para proteção de motociclistas, proteínas do soro do leite, e complementos alimentares, também foi aprovada pela Camex. Assim, esses produtos passam a integrar a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec).
Um decreto que faz valer regras comerciais e de transparência de um acordo entre Brasil e Estados Unidos assinado em 19 de outubro de 2020 foi editado pelo presidente entrou em vigor no dia 9 de junho desse ano. Segundo os Ministérios das Relações Exteriores e da Economia,“trata-se de pacote comercial ambicioso e moderno, que visa à promoção dos fluxos bilaterais de comércio e investimento”.
O objetivo desse Protocolo é modernizar as regras de intercâmbio comercial, ocasionar a redução de burocracias e custos de operação, atendendo reivindicações do setor privado dos dois países. Esse ainda contém 3 anexos sobre facilitação do comércio e da administração aduaneira, boas práticas regulatórias e anticorrupção.
“O anexo sobre facilitação de comércio é o texto mais avançado negociado nessa área pelo Brasil, indo além, em diversos aspectos, do Acordo sobre Facilitação de Comércio (AFC) da Organização Mundial do Comércio (OMC). O anexo a respeito de boas práticas regulatórias representa o primeiro acordo com cláusulas vinculantes já adotado pelo Brasil. O anexo anticorrupção reitera, bilateralmente, obrigações legislativas a que os dois países se comprometeram no âmbito multilateral”, descreve o Ministério da Economia.
As mudanças acarretadas tendem a alavancar a parceria comercial entre os dois países, criando oportunidades de negócios e crescimento das empresas inseridas nessa relação.
Uma das formas mais eficazes de estudar um mercado, conhecer a concorrência, identificar representantes e promover vendas é viajar para o exterior e conhecer o seu nicho de mercado através da vivência.
Participar de feiras internacionais no Brasil e no exterior são uma oportunidade eficaz para a aquisição desse domínio do mercado almejado. As feiras comerciais tornaram-se um dos mais eficientes canais de contato.
Mas antes de participar de um evento como expositor, é importante conhecer como visitante as principais feiras do setor de seu interesse. Se bem empreendida, essa visita proporcionará aprendizado para a participação eficiente como expositor.
Pontos importantes
– Atendimento aos visitantes, equipe capacitada para se comunicar em outros idiomas e com total conhecimento sobre o produto.
– Distribuição de catálogos e material promocional;
– Lançamentos de produtos;
– Análise de preços dos produtos concorrentes;
– Exposição eficiente dos produtos ofertados e suas características;
– Escolha de locais estratégicos;
– Técnicas mercadológicas utilizadas.
Vantagens
– Contato direto com potenciais clientes;
– Publicidade para os produtos da empresa;
– Reação imediata do público e percepção de mudanças necessárias;
A Zara, empresa espanhola, é uma rede de lojas de roupas e acessórios que está presente em cerca de 96 países e conta com milhares de estabelecimentos, sendo uma das principais no ramo da moda.
A marca teve seu início em um galpão na cidade de La Coruña e desenvolveu-se gradativamente, tornando-se um caso de sucesso. A história começa quando o espanhol Amancio Ortega, aos 14 anos, torna-se garoto de recados de uma camisaria chamada La Gala, de grande importância e requinte em sua cidade. Lá o jovem percebeu seu interesse pelo ramo, a lucratividade do setor e adquiriu experiência. Aos 27 anos, decidiu abrir sua própria empresa de confecção, que produzia roupões femininos com o trabalho de sua família.
Aos poucos, o negócio foi crescendo e ingressou no varejo, sendo fundada a primeira loja em 1975. Em menos de 10 anos, a empresa já contava com outras lojas em grandes cidades espanholas, oferecendo coleções de roupas femininas e masculinas em sintonia com as tendências mundiais e a preços acessíveis.
Foi em 1988, que se iniciou sua internacionalização com a abertura de uma loja em Portugal. Pouco tempo depois, Nova York e Paris receberam a empresa e em sucessão, México, Grécia, Bélgica e Suécia, em 1999 são criadas filiais também no Brasil, Alemanha e Holanda. Um marco da expansão e a principal conquista internacional foi a inauguração da primeira loja em uma das capitais da moda, Milão.
Em 2006, a milésima loja foi aberta, na artística cidade italiana de Florença, e a marca ingressa também no mercado digital.