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Brasil x Colômbia no “duelo dos grãos”: o que um voto popular revela e o que dizem os dados.

Nos últimos dias, pipocou nas redes uma enquete que colocou Brasil e Colômbia frente a frente na pergunta: quem produz os melhores grãos de café? No resultado divulgado, o Brasil venceu por 49% a 51% — um placar apertadíssimo que incendiou a rivalidade cafeeira mais famosa do mundo. Importante: trata-se de uma votação de fãs, feita em perfil de Instagram, sem validade técnica oficial. Ainda assim, o buzz é útil para discutir marca, percepção de qualidade e dados reais do mercado.

O que a votação popular nos conta

Enquetes assim capturam percepções de marca: memória afetiva, presença do país no imaginário do consumidor e no noticiário, influência de cafeterias, baristas e criadores de conteúdo. Não medem, porém, qualidade sensorial por metodologia (como cupping cego), certificações ou resultados agronômicos.

E o que dizem os números do café

  • Liderança em volume: o Brasil continua como maior produtor do mundo, respondendo por cerca de 37% da safra global em 2024/25 (≈ 64–66 milhões de sacas de 60 kg), segundo o USDA/FAS.
  • Força da Colômbia em arábica lavado: a Colômbia registrou produção recorde em mais de 30 anos no ciclo até set/2025, com avanço nas exportações, reforçando sua reputação em cafés finos; a entidade do setor já prevê ajuste natural na safra seguinte.
  • Excelência também é medível: concursos como Cup of Excellence mostram que Brasil e Colômbia colocam lotes entre os melhores do planeta, em diferentes regiões e altitudes reforçando que qualidade não é monopólio de um único país.

Percepção x realidade: por que os dois “vencem”

  • Brasil: escala, diversidade (arábica e robusta/conilon), consistência de fornecimento, e avanço tecnológico (rastreabilidade, irrigação, pós-colheita), o que sustenta blends e especialidades.
  • Colômbia: identidade forte em arábica lavado de altitude, storytelling de origem e estabilidade sensorial — atributos valorizados por torrefações premium.

Oportunidade para exportadores brasileiros

O “barulho” da votação abre gancho para trabalhar posicionamento e valor agregado:

  1. Conteúdo de origem: conte a história da fazenda, terroir, variedade e processo (lavado, natural, honey).
  2. Provas técnicas: publique notas de cupping, Q-grades, laudos e certificações (orgânico, fair trade, etc.).
  3. Rastreabilidade: mostre o caminho do grão à xícara (QR code/lot trace).
  4. Portfólio inteligente: separe linhas para blends consistentes e microlotes de alto score.
  5. Mercados e canais: combine HORECA premium com varejo especializado e marketplaces B2B.

A ExMais ajuda a transformar percepção em preferência de compra, conectando sua marca a importadores e distribuidores internacionais com:

  • Diagnóstico de posicionamento e estratégia por mercado;
  • Adequação regulatória e documentação;
  • Narrativa de origem (branding e comunicação bilíngue);
  • Agenda comercial (feiras, degustações, amostras);
  • Parcerias logísticas e de rastreabilidade.

Quer usar o buzz do “duelo dos grãos” para abrir novos mercados? Fale com a ExMais e leve seu café, e sua história, mais longe.

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