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Os documentos necessários para exportação

Saber quais são os documentos necessários para exportação é indispensável evitar problemas ou atrasos em negociações do mercado internacional, que podem ser burocráticas.

A documentação é um fator que deve ser considerado e analisado com detalhes para a eficiência do processo devido a importância em todas as etapas, tanto para a legalidade da comercialização quanto para a segurança do produto.

Abaixo estão os documentos necessários e suas especificidades.

Fatura Proforma ou Proforma Invoice

É o documento que dá início à negociação. Formaliza e confirma a negociação, desde que devolvido ao exportador contendo o aceite do importador para as especificações contidas. Possui características de um orçamento, ou seja, não gera obrigação de pagamento por parte do comprador. 

Fatura Comercial ou Commercial Invoice

É o documento internacional emitido pelo exportador que, no âmbito externo, equivale à Nota Fiscal. Deve ser obrigatoriamente emitido e é um dos principais documentos exigidos pela maioria das autoridades alfandegárias

Romaneio ou Packing List

Trata-se de uma lista relacionando detalhadamente os volumes a serem embarcados e seus respectivos conteúdos. É necessário para possibilitar o desembaraço da mercadoria e para a orientação do importador quando da chegada dos produtos no país de destino.

Conhecimento de Embarque

Documento emitido pela companhia transportadora que comprova o recebimento da carga, as condições de transporte e a obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal no ponto de destino pré-estabelecido, conferindo a posse das mercadorias. Trata-se também um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e um documento de propriedade, constituindo assim um título de crédito.

Certificado de Origem

É o documento que comprova a origem da mercadoria e habilitação à isenção ou redução do imposto de importação, em decorrência de disposições previstas em acordos comerciais ou do cumprimento de exigências impostas pela legislação do país de destino. Deve providenciado pelo exportador e utilizado pelo importador.

Registro de Exportação

É um documento eletrônico que possui a finalidade de registrar a operação para fins dos controles governamentais nas áreas comercial, fiscal, cambial e aduaneira. Emitido e preenchido no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), diretamente pelo próprio exportador ou pelo seu representante legal. 

Nota Fiscal

Emitida após a aprovação do Registro de Exportação – RE, deve acompanhar a mercadoria desde a saída do estabelecimento até a efetiva liberação junto à Receita Federal do Brasil (RFB). É solicitada somente no trânsito interno do produto.

Comprovante de Exportação (CE)

É o documento oficial emitido pela Receita Federal do Brasil que comprova o efetivo embarque da mercadoria. Consubstancia a operação de exportação e tem força legal para fins administrativos, cambiais e fiscais. 

Contrato de Câmbio

Documento informatizado que formaliza a troca de divisa estrangeira por moeda nacional, emitido pelo banco negociador de câmbio para coleta de informações.

Contrato de Câmbio de Compra – Tipo 01

Documento que formaliza a troca de divisa estrangeira por moeda nacional. Equivale à Nota Fiscal no âmbito externo e é válido a partir da data de saída da mercadoria do território nacional. Esse documento é imprescindível para o importador liberar a mercadoria no país de destino.

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Frete marítimo sobe 470%

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), somente em 2020, com a pandemia, o preço do frete marítimo subiu quase 500%, e 2022 iniciou com o custo 4,7 vezes maior. Hoje, 90% das movimentações do mercado internacional são feitas pelo mar.

A inflação em alta devido pandemia e o encarecimento da cadeia de suprimentos (supply chain) se anexam ao cenário, valorando tudo o que é transportado pelo mar. Em 2022, não obstante, o impacto nos preços dos produtos que dependem do frete marítimo aumentou ainda mais.

A parada do Porto de Xangai, que possui uma parte relevante do tráfego marítimo do mundo influenciou fortemente o quadro. Isso se deu em meio às decisões do governo chinês nas últimas semanas, após uma certa resistência em realizar um lockdown em Xangai.

O professor da New York University Shanghai (China) e da Fundação Dom Cabral, Rodrigo Zeidan, explica que a decisão não é unilateral como a maioria das pessoas imaginam.

“O governo que resistiu ao lockdown foi o de Xangai. O que temos que entender é que a China não é supercentralizada como as pessoas imaginam. Shenzehen, sudeste do país, é mais relevante em comercio internacional e teve lockdown decretado antes de outras cidades. Xangai achou que ia tocar o barco sem fazer lockdown. Quando as coisas saíram de controle, o governo central, por mais que não tenha interferido, afirmou que a autonomia dada não foi bem aproveitada”, afirma.

Para o economista, o cenário atual resultará em impactos relevantes nos próximos meses e com duração ainda mais extensas.

“Acho que teremos um ano de impacto. Não é só no porto [de Xangai] que as pessoas não podem ir embora. Você tem as regras centralizadas, os produtos para chegarem aos portos precisam de caminhoneiro. Há uma logística interna toda em xeque. Você tem um problema de logística chinês, que vai muito além do porto, que é completamente descentralizado. Qualquer caso de Covid hoje ‘para’ uma empresa. O governo vai dobrar a política de Covid zero a qualquer custo”, afirma.

O custo de produção deve ser um dos principais pontos para deixar tudo mais caro em outros lugares do mundo, devido ao encarecimento de commodities e outros insumos.

“Esses movimentos da China impactam muito o resto do mundo de forma direta, já que a China é a maior importadora de commodities, como soja, milho e algodão. A importância da demanda chinesa para o mundo faz com que esse movimento abrupto gere um impacto enorme globalmente”, afirma Fabio Louzada, economista, analista CNPI e fundador da Eu Me Banco.

“Além disso, muitas matérias-primas passam pela China, o que faz com que multinacionais que precisam de peças chinesas sofram o impacto na produção. Como afeta as empresas, a tendência é de que o preço suba, com a menor oferta de produtos”, acrescenta.

O especialista ressalta o efeito do atual cenário para a desaceleração da economia, por conta da menor geração de valor das empresas. Louzada também concorda com a visão de outros especialistas de que o impacto será prolongado em termos de inflação global.

“A adequação da cadeia de produção leva um tempo maior, já que, com o mundo globalizado, cada insumo chega de um país diferente. Por isso, é preciso ajustar o ‘timing’ de todos os fornecedores, para que ninguém seja prejudicado. Para cada fornecedor, tem uma negociação diferente – por isso, para retomar com força o processo, cada empresa precisar negociar com os fornecedores e adequar prazos, valores e quantidades”, analisa.

Tratando sobre o cenário nacional, os especialistas não veem uma forma de contornar o problema no curto prazo. Um dos principais motivos é que a economia ainda é muito fechada e não se tem nenhum sinal mudança próxima.

“O Brasil é um país extremamente fechado e tem até ideia de fazer substituição de importação. Precisamos abrir a economia. Teremos muita oportunidade com esse mundo ‘desglobalizando’, mas atualmente somos um dos mais fechados do mundo. Não vejo muita possibilidade nisso. O governo atual não é exatamente liberal e se ganhar a reeleição não vai mudar isso. Todos os candidatos não têm comércio internacional como pauta econômica. Nossa economia fechada e isolada deve seguir assim”, analisa Zeidan.

Sobre o crescimento econômico, o professor da NYU Shangai afirma que o preço do frete, inclusive, abocanhou a margem de diversas empresas mesmo que em um cenário considerado positivo para maior lucratividade.

Mesmo com algumas mudanças recentes, como a aprovação do PL da BR do Mar, Louzada explica que nos aspectos regulatórios é difícil prever alguma independência ou crescimento desse setor no Brasil como forma de ser mais resiliente às oscilações econômicas externas.

“Foi vetado o projeto de recriação do Reporto, que seria um benefício que desoneraria os investimentos em equipamentos e outros gastos nos portos brasileiros, retirando estímulos da cabotagem (navegação entre portos de um mesmo país ou a distâncias pequenas, dentro das águas costeiras). São necessários diversos equipamentos para realizar a recepção de produtos após a movimentação entre dois pontos portuários, deixando essa opção inviável com o alto custo”, afirma.

“Acredito que esse ponto ajudaria a criarmos uma maior independência nesse segmento. Apesar de avanços em função da ‘BR do Mar’, como trazer novas empresas de transporte de cargas na ligação entre portos. Ainda é pouco para um ambiente mais competitivo”, conclui, sobre a dependência externa do Brasil no frete marítimo.

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A expansão do consumo mundial de mel brasileiro

Em relação a 2020, o faturamento das exportações de mel em 2021 aumentou 76%, equivalente ao valor de US$ 64,5 milhões. Em volume, o país vendeu quase 47 mil toneladas do produto, um crescimento de 6%. 

Os Estados Unidos são o principal consumidor do mel brasileiro, sendo o destino de quase 70% de todo o volume comercializado. Já os estados que mais exportam são Piauí, Santa Catarina e Paraná. 

Segundo o zootecnista do IDR, Rodrigo Rossi, em 2021, o valor médio do kg de mel foi de US$ 3,33, representando um aumento total de 72% para praticamente o mesmo volume exportado. 

O IDR também aponta expansão dos mercados. Além dos Estados Unidos e Alemanha, a Austrália vem se tornando um mercado notável, na safra de 2020/2021, teve uma participação de 20% no mel vendido pelo Paraná. 

Segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Mel, a certificação orgânica é a garantia de melhor preço no mercado internacional.  

O vice-presidente da Abemel, Daniel Breyer, afirma que o Brasil é responsável por fornecer 90% à 95% do mel orgânico mundial, que é muito valorizado no exterior devido a certificação orgânica, já que outros não têm condições de produzir por causa do excesso de uso de agrotóxicos. O mesmo ainda diz que “Assim, no Brasil nós ainda temos uma condição privilegiada com relação às nossas matas nativas, de produzir mel orgânico certificado, e isso tem sido um baita diferencial”. 

Mais um motivo contribui para o aumento das exportações, o baixo consumo brasileiro de mel. Enquanto os americanos consomem 900g e alemães chegam a consumir 3kg, o brasileiro consome, em média, apenas 140g. 

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Azeite de oliva e o mercado brasileiro

Consumindo mais de 62 mil toneladas de azeite estrangeiro, o Brasil é o sétimo maior consumidor desse produto e o segundo maior importador, de acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI).

No entanto, apenas 1% do azeite consumido pelos brasileiros é produzido em nosso país. Os principais produtores de estão concentrados na Grécia, Itália, Turquia, Marrocos, Tunísia, Portugal e Argélia, já na América, a Argentina e o Peru se destacam como os maiores fornecedores de azeite para o Brasil.

Nosso mercado consumidor é relativamente baixo, em média o brasileiro consome 300 ml de azeite por ano. Na prática, isso significa que o potencial de crescimento desse mercado é enorme e o Brasil poderá ocupar posições de destaque no futuro, principalmente devido ao aumento do consumo durante a pandemia.

Como importar azeite?

Para importar azeite é preciso estar atento aos requisitos brasileiros. Assim como na importação de vinho, existem procedimentos específicos que devem ser cumpridos como a necessidade de LI (Licença de Importação), obrigatoriedade de exame laboratorial e rotulagem correta seguindo a legislação brasileira, também há a necessidade do registro no MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) também é obrigatório para os importadores.

Aqueles que apresentarem Certificados de Análise do azeite emitidos por laboratórios credenciados pelo MAPA nos países de origem não precisam coletar e analisar amostras no Brasil. Essa análise é realizada a fim de garantir os parâmetros de qualidades exigidos pela legislação.

Cuidados com a importação do azeite

Apesar de não ser de conhecimento geral, ocorre a falsificação do azeite de oliva, na qual, as fraudes mais comuns são a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais, e a venda de azeite de oliva refinado como azeite extravirgem.

Contar com empresas especializadas nos processos de comércio internacional é fundamental para o sucesso da operação.

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Como tornar o transporte rodoviário mais seguro

A segurança durante a rota rodoviária ainda é uma grande preocupação dos gestores de logísticas, porque a jornada envolve dois riscos principais, acidentes e assaltos. Ambos envolvem prejuízos financeiros e o mais agravante, risco de vida aos condutores.

Buscando minimizar os riscos, as empresas recorrem à tecnologia como uma aliada. Separamos 4 dicas importantes para tornar o transporte de carga rodoviário mais seguro.

Padronize os processos de segurança

Realize um diagnóstico, ele é fundamental já que contribui para o conhecimento mais aprofundado das condições de segurança no armazém, no setor de expedição e durante a etapa de distribuição.

Toda carga pode sofrer danos durante a movimentação nos estoques, no embarque e no desembarque, ou seja, o cuidado deve ir além do trajeto.

É recomendado manter uma documentação sobre os riscos que envolvem a carga em todo o processo.

Adote o monitoramento remoto no transporte de carga

Uma das maneiras mais eficientes de garantir a segurança do transporte é através de sistemas de rastreamento e monitoramento da frota. O sistema de rastreamento convencional utiliza GPS junto com a transmissão via satélite, para identificar a localização do caminhão nas rodovias.

Assim, é possível reunir funcionalidades importantes, como câmeras de segurança embarcadas, alerta de pânico, travamentos das portas da cabine e do baú, desligamento da ignição à distância (em casos emergenciais), controle da velocidade, frenagem e aceleração e monitoramento através de plataformas online.

Realize manutenções preventivas nos veículos

A conservação e a idade dos veículos também influem no número de acidentes nas rodovias. Assim, é recomendado realizar o check-up do caminhão antes de toda viagem, avaliando o nível de combustível e óleo, os equipamentos de segurança, os sistemas de sinalização. Além disso, as manutenções preventivas ajudam a aumentar a vida útil dos veículos de carga.

O peso em excesso também contribui para acidentes e sujeita a empresa a penalidades, como multas e possível apreensão do veículo/carga.

Terceirize o serviço de transporte de carga

As empresas terceirizadas oferecem todos os processos citados e transfere a responsabilidade sobre questões como depreciação da frota, legislação trabalhista, seguros, documentação específica e outras burocracias.

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Brasil na Semana de Design de Milão

Devido a técnica, qualidade e sustentabilidade, a arte e o design brasileiros são valorizados em todo o mundo. No setor de móveis não é diferente, o Brasil é o 6º maior produtor e 28º maior exportador. Pensando tornar esse segmento ainda mais forte no mercado internacional, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações levará 42 empresas à Semana de Design de Milão.

O Furiosolane ocorrerá em Milão, na Itália, entre os dias 6 e 12 de junho. O evento é em diferentes bairros e pontos turísticos da cidade, chamada por muitos de capital da moda e do design. Surgiu em 1998 com o intuito de ser uma programação paralela ao Salão do Móvel, mas espalhado fora do salão, por toda cidade.

O objetivo da ApexBrasil é levar empresas brasileiras para exporem algumas de suas peças selecionadas, com assinaturas de designers e altos padrões de sofisticação e sustentabilidade. Estima-se que a ação irá gerar US$ 3,5 milhões, próximo ano, em negociações moveleiras. O número é baseado nos resultados das participações brasileiras em edições anteriores.

O evento também é uma oportunidade de demonstrar a riqueza cultural brasileira e a forma como ela se na indústria criativa. A brasilidade será presença marcante na exposição.

A consolidação internacional do setor moveleiro já vem sendo consolidada a partir do Projeto Brazilian Furniture. Atualmente, o projeto atende mais de 130 empresas com ações que envolvem estudos de mercado, informações de inteligência comercial e competitiva, projetos compradores em que as instituições viabilizam contato direto dos empresários com compradores internacionais e missões no exterior, como participação em eventos.  

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Siglas e expressões no comércio internacional

Dentre a documentação necessária praticada pelo comércio internacional, existem inúmeras siglas. Conheça abaixo algumas expressões e como aplicar no seu dia a dia.

Acknowledgement of Receipt ou Confirmação de Recebimento – Notificação relacionada a algo recebido.

Admissão temporária – Regime aduaneiro especial que permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão total ou parcial de tributos.

AD Valorem – Taxa de seguro cobrada sobre certas tarifas de frete ou alfandegárias proporcionais ao valor total dos produtos da operação (Nota Fiscal).

AFRMM – Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.

ALADI (Associação Latino-Americana de Integração) – Congregação de países que têm como objetivo o estabelecimento de um mercado comum latino-americano, formada por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Amostras sem valor comercial – Bens representados por quantidade, fragmentos ou partes, estritamente necessários para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade.

Armazém ou Warehouse – Lugar coberto, onde os materiais/produtos são recebidos, classificados, estocados e expedidos.

AWB – Air Waybill – Conhecimento principal de transporte aéreo, abrangendo um HAWB (House Air Waybill – Guia de Transporte Aéreo emitido por um expedidor).

Barra – Local próximo ao porto, seguro, onde os navios ficam aguardando autorização para atracarem no cais disponível ou determinado.

B/L (Bill of Lading) – Conhecimento de embarque.

Bombordo – Lado esquerdo do navio.

Bonded Warehousing – Armazém Alfandegado.

Break-Bulk – Expressão do transporte marítimo que significa o transporte de carga geral ou fracionada.

Brokerage Houses – Empresas especializadas em intermediar afretamento marítimo.

Bulk Cargo – Carga à granel, ou seja, sem embalagem.

Bulk Carrier – Navio graneleiro, ou seja, próprio para o transporte de cargas à granel.

Bulk Container – Contêiner graneleiro, ou seja, próprio para o transporte de cargas à granel.

Cabotagem – Navegação doméstica (pela costa do País).

Cábrea – Equipamento usado em portos para levantar grandes cargas pesadas ou materiais em obras, e que consta de três pontaletes unidos no topo onde recebem uma roldana por onde passa o cabo.

Calado – Expressão do transporte marítimo, que significa profundidade em que cada navio está submerso na água.

Capatazia – É o serviço utilizado geralmente em portos, onde profissionais autônomos executam o trabalho de movimentação de cargas.

CI – Comprovante de Importação.

CIDE (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) – Cobrada sobre petróleo e derivados.

Consignee – Consignatário. Pessoa física ou jurídica indicada no documento de transporte que tem o direito de reclamar os bens ao transportador, no destino. Para os efeitos legais, presume-se o proprietário da carga.

Consolidação de Cargas – Consiste em criar grandes carregamentos a partir de vários outros pequenos. Resulta em economia de escala no custo dos fretes.

CPC – Commerce Planning Colaboration.

DAC (Depósito Alfandegado Certificado) – Regime aduaneiro especial que permite o depósito no mercado interno, sob regime alfandegado, de produtos já comercializados com o exterior, considerados exportados para todos os efeitos fiscais, creditícios e cambiais.

Demurrage ou Sobreestadia – Multa determinada em contrato, a ser paga pelo contratante de um navio, quando este demora mais do que o acordado nos portos de embarque ou de descarga. O termo também utilizado para as diárias a serem pagas pelo importador após o período de estadia livre concedido pelo agente de carga/armador.

Dead line – Prazo-limite para entrega da carga para embarque.

DI (Declaração de importação) – Documento-base do despacho de importação que deve conter a identificação do importador, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria, dentre outras informações.

Draw-Back – Envolve a importação de componentes, sem pagamento de impostos (IPI, ICMS, Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante e Imposto sobre Prestações de Serviços de Transporte Estadual), vinculada a um compromisso de exportação.

EADI – Estação Aduaneira do Interior.

ELQ – Economic Logistic Quantity ou Quantidade Logística Econômica. É a quantidade que minimiza o custo logístico.

Embalagem ou Package – Envoltório apropriado, aplicado diretamente ao produto para sua proteção e preservação até o consumo/utilização final.

Entreposto aduaneiro – Regime especial que permite a importação de mercadoria estrangeira para armazenamento em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos.

Entreposto industrial sob controle informatizado – Regime especial que permite à empresa importar com suspensão do pagamento dos tributos, sob controle informatizado, mercadorias para serem submetidas à operação de industrialização e posterior exportação.

ETA – Expressão do transporte marítimo, que significa dia da atracação (chegada).

ETS – Expressão do transporte marítimo, que significa dia da saída (zarpar). Exportação temporária – Saída de produtos do País, por tempo determinado, com suspensão do pagamento de impostos, inclusive o de exportação, condicionada à sua reimportação no estado em que foram exportados.

FCL – Full Container Load ou Contêiner Completo.

FCR – Forwarder Certificate of Receipt ou Certificado de Recebimento do Agente de Transportes.

Feeder – Serviço marítimo de alimentação do porto hub ou de distribuição das cargas nele concentradas.

Feeder Ship – Navios de abastecimento.

Freight Payable at Destination – Semelhante ao freight collect, porém, só pode ser pago no destino.

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A história do container

O container é essencial para os processos de Importação e Exportação. São grandes caixas de aço que armazenam e transportam a carga em segurança, e apesar de parecer um conceito simples, acreditasse que sua invenção foi um dos maiores condutores para a globalização nos últimos 60 anos.

Antes do surgimento do container, o processo de transporte do material exportado ou importado também era realizado de forma arcaica e lenta, e gerava vários problemas, cada viagem realizada contava com quebras, deterioração dos recipientes, ou até mesmo a perda da mercadoria, sem considerar os danos gerados pelas condições climáticas e pelo tempo que cada viagem levava.

Observando o processo de embarque no Porto de Nova York e New Jersey, e compreendendo a lentidão, Malcom McLean começou a pensar em formas de agilizar a ação. Surgiu, então, sua ideia de armazenar suas mercadorias em grandes caixas de aço que conseguissem manter a qualidade dos produtos até chegar no destino final.

A partir de 1955 convicto da sua ideia, McLean começou a testar os formatos e chegou a uma definição, as grandes caixas de aço precisavam ser fortes, padronizadas, empilháveis, simples de carregar e seguras.

Porém, havia ainda um problema, era necessário a adaptação dos navios para os contêineres, já que o modelo da época era outro. A fim de testar sua ideia, ele adquiriu um navio petroleiro, modificou e fez o mesmo suportar até 58 containers. Com uma redução de custo esperada de até 25%, quando comparado aos outros formatos de transporte, Mclean estava certo que seria um sucesso e bem aceito ao mercado. 

A novidade começou a ser aceita pelo mercado apenas em 1970, mas impactou historicamente o comércio exterior.

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As etapas para começar a exportar

Com expectativas positivas para a participação brasileira no mercado internacional, a exportação torna-se uma oportunidade interessante para as empresas.

Por isso, listamos aqui alguns dos passos que devem ser seguidos para que as empresas se preparem para começar a exportar.

Atenção aos detalhes

A exportação envolve o contexto fiscal e legislativo de outros países, aos quais é necessário adaptar-se para o sucesso das operações. Por isso, deve haver extremo cuidado com as normas internacionais, questões legais e com os documentos de exportação de produtos a fim de garantir conformidade tanto com as leis brasileiras quanto com as dos países envolvidos e excelência na distribuição de remessas e produtos enviados para o mercado exterior. É recomendado que exista o apoio de um profissional que ofereça suporte especializado em questões técnicas, legais e alfandegárias.

Da mesma forma, é essencial conhecer o mercado do país de destino, como os concorrentes e demanda, e avaliar se a escolha será vantajosa. Uma decisão mal planejada pode acarretar grandes prejuízos â empresa.

Organização

A gestão de informações e planejamento de negócio é indispensável para a exportação. Inicialmente, deve ser desenhada toda a jornada de distribuição de uma remessa, tornando possível, inclusive, melhores condições de frete e maior controle sobre todas as etapas de envio.

A boa execução dessa etapa é importante para o permitir acesso fácil às informações, evitar desencontros no transporte e possibilitar a solução rápida de possíveis problemas.

Assim, além de facilitar o processo, garante-se uma experiência positiva para o cliente.

Segurança e suporte

É fundamental diminuir o risco de imprevistos, atrasos e custos desnecessários, muitas vezes causados por falhas no planejamento de distribuição. Por isso, ressaltamos a importância de buscar suporte especializado, visto que não se trata de uma movimentação simples.

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Brasil pode virar gigante no comércio exterior

O Brasil ainda ocupa 27° posição global na participação das exportações mundiais, sendo responsável por apenas 1,2% do total. Porém, de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio, o Brasil tem capacidade de crescer muito nos próximos anos.

Durante a Reunião Anual 2022 do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o americano Mauricio Claver-Carone, diretor da instituição, fez a afirmação, dizendo que o Brasil pode recuperar parte do protagonismo na economia internacional e para isso é necessário atacar com mais vigor as amarras que impendem a aumento da competitividade nacional nos negócios, especialmente com os vizinhos da América Latina e Caribe. Em sua asserção, também apontou para a maior dependência de produtos básicos como combustíveis, minérios e alimentos, que permitem ao País assumir um papel importante para resolver os desafios regionais e mundiais.

Claver-Carone, o emitente, assumiu a presidência do BID em 2020 e deixou claro seus planos de avançar contra à entrada de investimentos da China no Ocidente. Conforme cálculos do banco, no Brasil há 98 ramos de atividades que podem ser mais usufruídos, principalmente nas áreas da saúde até energias renováveis e serviços de tecnologia. O americano afirma que foi identificado o potencial e a necessidade de cada país da região e que com ações inteligentes será inevitável o avanço da participação brasileira, dado que se acredita na capacidade do mercado nacional de exportar ao mercado americano 50% do que atualmente a China vende, equivalente ao ingresso de R$ 50 bilhões por ano.

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